Toda vitória é uma vitória, mas nem por isso ela esconde os problemas dos atletas e clubes na competição. O Rondoniense tem todos os motivos para embalar ainda mais nesse estadual após uma rodada quase perfeita, mas a realidade não é bem essa. Enfrentando problemas de atrasos de salários, alguns jogadores deram um ultimato a diretoria e reavaliam sua permanência na equipe nessa segunda. 

Prestes a fazer uma campanha estrondosa para o primeiro ano de profissional, o Rondoniense se prepara para levar o título arrastão. Ao menos, essa é a pretensão. No jogo diante do Real Ariquemes não faltou vontade, mas pontaria e oportunismo dos atletas. A vitória veio, mas não com a melhor exibição. Ciente do desempenho da equipe, Quintino falou sobre a falta de acerto em campo.

- Não fizemos o que era esperado, mas fomos em busca dos três pontos que é importante na soma do campeonato. Fica nas mãos do professor corrigir para que no próximo jogo a gente possa fazer melhor - comentou.

Se dentro de campo a situação está razoável, fora dela, pode começar a se complicar. Um grupo de jogadores acabou pedindo uma definição da diretoria para resolver o problema do atraso no salário.

Nessa segunda, se nenhuma posição ou solução for apresentada, alguns nomes se preparam para deixar o time na porta da conquista do segundo turno e do início da Série D.

O grupo não esconde o problema, mas tenta driblar o assunto burocrático.
- Os jogadores estão definindo algumas situações extracampo, mas temos um elenco forte e sabemos que se houver saída, temos outros atletas que podem suprir essas ausências. Deixamos com a diretoria e focamos mais no trabalho e nos jogos - afirmou Quintino.

Do banco de reservas, o técnico Da Costa viu seu time não desempenhando o melhor futebol que pode, mas afirmou que a situação, corriqueira no futebol do estado, não atrapalhou. Aguardando a decisão da diretoria, o técnico naturalizou a situação que até culminou na desistência de uma das equipes.

- Todas as equipes têm deficiência e passam por uma questão financeira. É uma questão interna e cabe a diretoria tomar as decisões - resumiu o técnico.

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