Filhos disciplinados e com forte vínculo afetivo é o sonho de muitas mães. Três delas encontraram no esporte uma maneira de realizá-lo. Adriana, Edneia e Kelly moram em Ariquemes e treinam semanalmente com os filhos em uma academia de karatê.
Adriana Martins Ranucci conta que sempre teve vontade de praticar katatê porque via o irmão lutando, mas o pai não permitia que ela praticasse. Quando cresceu e teve Rafael, usou o filho como motivação para matricular o pequeno e também começar a frequentar os treinos.
Na verdade desde criança eu queria fazer karatê, mas naquela época os pais eram muito tradicionais, então eles não me deixavam fazer o esporte. Depois que eu cresci, com a desculpa de colocar os filhos, eu acabei me matriculando. Coloquei o Rafael já na esperança de entrar também. Depois que eu entrei, minha filha Daniela quis entrar também.
Adriana, Rafael e a Daniela já participaram de campeonatos nacionais e tiveram bons resultados. A servidora pública de 49 anos, que é faixa verde, foi campeã sul-americana e os filhos também se destacaram.
Como nós viajávamos para os campeonatos a gente tinha um contato maior e eles ganharam independência. Meus meninos sempre foram ótimos filhos, mas o karatê trouxe essa coisa da responsabilidade maior.
Por ter essa descendência oriental ele traz uma característica de mais concentração e humildade.
Rafael Ranucci diz que a presença da mãe nos treinos só ajuda, através dos incentivos e cobranças.
Para mim é muito gratificante minha mãe estar comigo para me incentivar, brigar comigo quando precisa, nos campeonatos ela que me incentiva. Poucas são as mães que incentivam seus filhos a irem para academia e estão com eles. Gosto muito da minha mãe treinando comigo.
Se Adriana teve que achar um jeito de entrar no esporte, Kelly Cristina Moreira não precisou de tanto esforço, pois seu marido é sensei e a filha, Letícia Moreira, de 6 anos, sempre quis vestir um quimono.
Eu perguntei pra minha filha "você quer fazer balé ou aula de violão?" e ela respondeu karatê. Ela tinha uns 4 anos, quando ela completou 6 anos ele [esposo] falou "vamos levar a Letícia pra treinar". No dia de eu trouxe ela, meu marido me disse que eu também ia treinar.
Kelly relata que a linguagem em casa se tornou uma só, depois que a família toda se uniu em torno do esporte. Desde que a gente começou a treinar a gente fala a mesma língua. Eu reclamava porque meu marido viajava e a gente ficava sozinha. Agora não tem desculpa, vamos todos juntos.
Mãe e filha estão treinando há quatro meses. Em casa ela tira algumas dúvidas com o companheiro, mas garante que não tem regalias por ser esposa do sensei. Em julho as duas vão para a primeira competição estadual.
Na mesma academia também treina a auxiliar de escritório Edneia Souza e seu filho Juan Shardon, de 11 anos. A atleta conta que primeiro matriculou o filho e nas vezes que ia deixar o garoto era atraída pelo esporte, que se tornou uma paixão em sua vida. Desde 2014 ela e o filho lutam juntos, e também já têm medalhas para exibir.
Eu sempre fui atleta, mas como fiquei um tempo parada, pensei que era um desafio para mim ser catareca. Mesmo assim, tentei, gostei e estou até hoje. Adoro lutar, principalmente kumitÊ, que é a luta individual. Na minha casa o Juan pratica a disciplina e o respeito do karatê e isso mudou muito.
A faixa laranja conta que tem se dado bem no esporte e brinca que está na frente do filho, que é faixa vermelha.
Fui para o estadual junto com meu filho e nos destacamos, consegui a primeira colocação. Por enquanto acho que estou ganhando dele – brinca.
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