O Ji-Paraná nasceu em 1991, ano da profissionalização do futebol de Rondônia. Assim como o bom futebol brasileiro, que segundo o jornalista PVC do SporTv, nasce de todo local possível para rolar uma bola, o Ji-Paraná também nasceu de um campinho de terra no interior do município que tem o mesmo nome do time. A equipe, formada por garimpeiros, seringueiros e trabalhadores da rádio-telex, aproveitavam as horas livres para relaxar, depois de um dia cansativo de trabalho no garimpo de diamantes no Rio Machado.
Brigando para permanecer no G2 do grupo B, o Ji-Paraná entrou na quarentena sem saber o que é perder no Campeonato Rondoniense 2020. O time e a torcida do Galo da BR já sonhava com uma classificação precoce para as semifinais, mas, tiveram o sonho interrompido por algumas semanas, devido a pandemia do novo coronavírus e a suspensão do Estadual por tempo indeterminado.
Ao completar 29 anos de história nesta quarta feira (22 de abril), o Ji-Paraná Futebol Clube recebe essas palavras como o maior presente que poderia ganhar.
Além dos nove títulos estaduais, conquistados em 91, 92, 95,96, 97, 98, 99, 2001 e 2012 , o Ji-Paraná ficou conhecido nacionalmente em 1995 e 1997 quando fez grande campanha no Campeonato Brasileiro da série C.
Em 2006, o “poderoso” Sport Clube Ulbra com folha salarial superior a R$ 60 mil, fazia o primeiro clássico local contra o Ji-Paraná, time esse na época, de salários atrasados e falta de estrutura. Com um dos maiores públicos já registrado no campeonato estadual, naquele dia histórico aconteceu o inesperado, vitória emocionante do Ji-Paraná por 2 a 1 e a explosão de 95% dos torcedores que lotaram as arquibancadas do estádio. Os outros 5% era a minúscula torcida da Ulbra. Esta vitória emocionante resultou em uma reflexão do jornalista Antônio Pessoa, na época repórter do Jornal Estadão, Antônio escreveu a seguinte passagem:
"Quem pode explicar esse enigma chamado Ji-Paraná? Pode um time ser grande sem ter campo de futebol? Pode uma equipe crescer sem sede social, sem estrutura alguma? E como explicar essa raça dos jogadores que não recebem salários em dia? O Ji-Paraná parece trabalhador brasileiro, que sai de casa de barriga vazia e dá duro o dia todo, fazendo bem o serviço e milagre na luta pela sobrevivência".
É difícil explicar também a paixão de uma cidade por um time sem lenço e sem documento. Um time que desafia a lógica. Quando a bola rola, a primeira a ser derrotada é a razão. O gostinho de Davi derrotando o gigante Golias é o sabor que fica como ocorreu na surpreendente eliminação do Operário de Campo Grande pelo Campeonato Brasileiro da Série C em 1997. E hoje contra a ULBRA pelo Campeonato Rondoniense.
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