Esta semana o anúncio da desistência do Vilhenense da sequência do Campeonato Rondoniense 2020 surpreendeu torcedores e imprensa, afinal, o Leão é o atual campeão estadual e liderava o Grupo B com 14 pontos. Estava a um empate da classificação para a semifinal.
Na tarde de ontem, quinta-feira 04, a reportagem do FOLHA DO SUL ONLINE conversou com o fundador e presidente do Vilhenense Esportivo Clube, o empresário Waldir Kurtz, que elencou os motivos que o levaram a decidir pela retirada do time da competição, sobre a Série D do Campeonato Brasileiro e sobre o futuro do clube.
Waldir Kurtz afirmou que quando surgiram as primeiras conversas sobre uma possível paralisação do Estadual, ele sugeriu uma adequação ao calendário de maneira que possibilitasse o término da fase de grupos antes da interrupção. “Faltavam apenas três rodadas, minha ideia era jogar quarta/domingo/quarta, e estaria concluída a primeira fase; não me ouviram”, lamentou o dirigente.
Kurtz afirmou que, mesmo com as atividades paralisadas, os gastos permaneceram altos, tornando inviável, diante do cenário de incertezas, a manutenção do elenco e comissão técnica. E o clube desmanchou o time. “A Federação marcou para novembro o retorno do estadual, mas que garantias nós temos de que tudo isso tenha acabado até lá?”, questiona.
O presidente revelou que cogita a possibilidade de pedir junto a FFER, o afastamento do Vilhenense por dois anos. Kurtz afirmou que planeja, neste período, investir em um centro de treinamento e focar nas categorias de base, na formação de atletas. “A base sempre foi o meu sonho, mas me empolguei e comecei o projeto pelo teto”, disse o dirigente se referindo ao departamento de futebol profissional. “Mas, eu não me arrependo do que eu faço, fomos vitoriosos, conquistamos dois títulos (profissional e sub-20); meu arrependimento é pelo que eu não fiz: focar na base; mas eu vou corrigir isso”, pontuou.
Sobre o Campeonato Brasileiro Série D, Kurtz garantiu que, em si confirmando a realização da competição nacional, o Vilhenense irá disputar. No entanto, o elenco terá uma base de jovens atletas do Sub-20. “Estamos encarando a Série D como uma vitrine para os nossos atletas, e por isso vamos dar oportunidade a jogadores jovens; claro que teremos alguns atletas experientes, mas a nossa ideia é trabalhar com atletas jovens”, afirmou.
Ainda sobre a Série D, o dirigente acredita que a CBF deva promover modificações na forma de disputa. O empresário ver a possibilidade de apenas uma adequação ao calendário, com jogos no final e no meio de semana, muito prejudicial aos clubes, principalmente da região Norte do Brasil, onde as distâncias são grandes e a oferta de vôos pouca. E citou como exemplo o caso do próprio Vilhenense que precisa viajar 12 horas de ônibus até Várzea Grande-MT ou Porto Velho, para pegar o vôo. “Imagina a gente jogar no domingo, retornar para Vilhena nestas condições e já ter jogo na quarta; não teria tempo nem pra descansar, imagine treinar”, pontuou.
Finalizando a conversa, o dirigente disse que assim como muitas pessoas que manifestaram tristeza pela saída do Vilhenense do Estadual, ele também está triste, mas assegurou que a decisão foi tomada com serenidade. “Minhas decisões são sempre tomadas com base em muita análise, e eu sei que isso é o melhor para o clube neste momento”, finalizou.
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